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terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Com "Bolt o Super Cão", a produtora Disney prossegue em sua trajetória de superação




Esta é a melhor animação de longa metragem lançada depois de Ratatouille, que muitos críticos consideram o melhor filme de 2007. Bolt Super Cão é o 47º desenho animado produzido pela Disney e tem direção de Byron Howard e Chris Williams, que estiveram envolvidos com Chicken Little e Lilo & Sitch e que agora conseguem um resultado muito superior. Bolt é um "cachorro de TV", como foram antigamente Lassie e Rin-Tin-Tin, mas não sabe disso. Nunca saiu do set, onde grava uma série de grande sucesso. Pensa que tem super poderes e vive para proteger a sua jovem dona, assim como o seu personagem. Um dia, por acaso, ele sai do estúdio que é o seu lar e o seu cativeiro e se encontra solto em plena rua. Mas continua agindo como super cão, até desabar na realidade, por meio do contato com uma gata de rua e de um hamster fanático por séries de televisão. Mesmo assim, prossegue procurando a dona, que julga ter sido raptada pelo vilão da série. Ou seja, mesmo sem qualquer poder especial, o protagonista preserva a nobreza de caráter e sua condição de herói. Só isso já bastaria para dotá-lo de charme e interesse.
No melhor estilo road movie, até o fim do filme, ele vive a experiência, ao mesmo tempo dolorida e prazerosa, de aprender a ser um cachorro comum. E justamente por isso poderá alcançar o seu objetivo como personagem. Alguns vêm no roteiro, uma narrativa de superação, bem ao estilo tradicional da Disney, com Pinóquio como paradigma. Outros associam esse esquema ficcional a O Show de Truman, em que Jim Carrey interpretava alguém que igualmente crescera dentro de um estúdio e não tinha consciência disso. Mas, na verdade, trata-se de uma continuidade da safra atual de desenhos focalizando animais que foram criados em zoológicos e que entram em contato com os mundos reais da floresta e das selvas urbanas: Madagascar, da Dreamworks, e Selvagem , da própria Disney (foto abaixo).



A essência de todas essas histórias é um diálogo com as idéias de Jean-Jacques Rousseau sobre o “Contrato Social”. Mesmo considerada por ele a única instituição natural, a “família” (a televisão ou o zoológico) desses personagens não os preparou para o mundo, mas para a existência dentro de uma redoma. Esta pode ser complexa e confortável como um estúdio de TV, ou diminuta e sufocante como a esfera de plástico em que vive o hamster do filme.

Um comentário:

Unknown disse...

fui ao cinema e adorei o filme Bolt o super caõ.