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quarta-feira, 3 de março de 2010

Atores, música e texto de qualidade não fazem de “Coração Louco” um grande filme

“Coração Louco” é mais um filme de ator, no sentido em que todo ele é montado para colocar em evidência a atuação do protagonista. Vivido por Jeff Bridges (“Starman – O homem das Estrelas” – 1984), o personagem é um astro da música country de meia idade que, antes de conhecer o apogeu em sua área, entra em declínio por causa da bebida. E pelo rosto de Jeff Bridges passa todo o tormento causado pela decadência, o vício, a velhice e a proximidade da morte. Poderia ser uma espécie de versão musical de “O Lutador”, com Mickey Rourke, que também concorria no ano passado, nessa mesma linha de um artista fracassado que tenta se redimir e busca uma segunda chance − como aliás, uma especialidade típica do cinema americano. Mas aqui a produção é mais caprichada, inclusive com a composição de belas canções feitas especialmente para o próprio Bridges interpretar – uma delas é "The Weary Kind” que concorre ao Oscar.
No elenco de apoio, “Coração Louco” coloca atores de gabarito, como Robert Duvall e Colin Farrel e Maggie Gyllenhaal. O roteiro, como sempre investe na figura de uma mulher para arrancar o cantor do fundo do abismo em que se encontra. Só que além do encontro amoroso, o herói repara melhor nos artistas com quem trabalha e observa um traço de solidariedade além da competição. É daí que se origina a força para a superação do personagem e, também, a originalidade do filme. Mesmo com todo essse esforço, o filme não consegue esconder a inexperiência de um diretor em seu primeiro filme.
CORAÇÃO LOUCO
Crazy Heart
estreia 05 03 2010
EUA - 2009 – 112 min. – 14 anos
Gênero Drama / musical
Distribuição Fox Films
Direção Scott Cooper
Com Jeff Bridges, Maggie Gyllenhaal e Robert Duvall

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