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domingo, 2 de março de 2014

Mesmo que ganhe o "12 Anos de Escravidão", meu favorito para o Oscar é "Gravidade".

Há semanas na capa da nossa página no Facebook, "Gravidade" é o meu favorito para a premiação de hoje, ainda que "12 Anos de Escravidão" tenha mais condições de sair vencedor.   Apesar de ambientado no espaço “Gravidade” não é uma obra de SF. Seus protagonistas uma cientista vivida por Sandra Bullock e um astronauta na pele de George Clooney se acham numa nave em órbita sobre a Terra para trabalhar um telescópio, quando um acidente destrói o veículo e eles ficam literalmente com a roupa do corpo, apenas com o oxigênio que estava em seus reservatórios individuais. Sem, comunicação com a NASA, o único jeito seria alcançar uma estação chinesa abandonada naquela órbita. Diferentemente de “Os filhos da Esperança”, um de seus trabalhos anteriores, este não é SF porque o tratamento dado pelo autor e diretor mexicano Alfonso Cuaron é totalmente realista.
Entre seus principais temas estão a fraqueza e a força do ser humano quando se acha fora do seu habitat natural. A fragilidade física, orgânica, é evidente naquele ambiente sem ar, sem som nem gravidade. Mas quais seriam recursos mentais disponíveis? Sem entrar em detalhes que poderiam estragar a surpresa do ouvinte, podemos adiantar que eles se encontram da área do controle emocional, por meio da respiração e do distanciamento entre a mente e as ocupações corriqueiras e automatizadas da atividade cerebral. Uma indicação de que essa postura do roteiro é consciente está na fala de um personagem, comentando a beleza do por do sol sobre o rio Ganges, que banha a Índia, pátria do Yoga que, por sua vez, consiste num conhecimento milenar fundamentado nas conexões entre corpo e mente.

Um comentário:

Unknown disse...

Cara tu ganhou mais um fã, seu texto é incrível, muito gostoso de ler.